sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Abordagem da vitíma no ABCDE


Airway Nível de consciência - via aérea
Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça  e procure:
Elevação da mandíbula com os dedos em gancho.

  Se a boca abre naturalmente;
Se existe sangue ou outros fluídos;
Se existem dentes partidos;
Se existem próteses dentárias soltas;
Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados  
  Uma ligeira tração a região cervical;
Alinhe a região cervical;
Efetue a elevação da mandíbula;
Aplicar um tubo orofaríngeo;
Aspire se existirem fluídos;
Elevação da mandíbula

Se ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição;
Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada;
Aplicar o tubo orofaríngeo somente se a vítima não reagir;
Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito;


Breathing Ventilação
Na primeira abordagem pesquise:

  Se ventila;
Se a ventilação é eficaz;
Se os movimentos torácicos são simétricos;
Se existem lesões abertas do tórax;
Atuação
Se a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação;
Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue uma insuflação cada 5 segundos (adulto), ou 1 insuflação cada 3 segundos (criança)
Se os ciclos ventilatórios forem inferiores a 10, assista a ventilação;Administrar oxigênio:
Traumatismo simples - 3Lt/m
Traumatismo aberto - 10 Lt/m
Paragem ventilatória - 15 Lt/m
Ventilação assistida - 15 Lt/m
Recomendações:
Se ao ventilar o ar não entrar, verifique a elevação da mandíbula;
Se após ter corrigido a elevação da mandíbula e o ar não entrar, considere a obstrução da via aérea, que pode ser por:
Edema
Fluídos (sangue ou outro)
Dentes partidos
Pesquise novamente a cavidade bucal e aspire se necessário.
Se a vítima apresenta dificuldade ventilatória, procure:
Se não existe sangue na orofaringe;
Se a expansão torácica é eficaz e simétrica;
Despiste um possível pneumotórax;

Circulation Circulação
Na primeira abordagem pesquise :

  Se a vítima tem pulso;
Se existem hemorragias ativas;
Se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele
Atuação  

  Se a não tem pulso, inicie de imediato as manobras de R.C.P.
Se tiver alguma hemorragia, proceda ao seu controlo;
Se a vítima apresentar, palidez, sudorese, hipotermia, pulso rápido efetue a elevação dos membros inferiores, aqueça a vitima;
Administrar oxigênio:
Se não apresenta alterações da pele, da ventilação ou do pulso-3 lt/m
Se apresentar sinais de CHOQUE - 10 lt/m
Se apresentar hemorragia - 10 Lt/m
Recomendações:
Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;
Recomendações

Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;
Controle as hemorragias utilizando umas das técnicas ou em conjunto:
Compressão direta
Elevação do membro;
Compressão indireta;
Aplicação de frio;
Garrote/torniquete - a usar somente em amputados ou esmagamentos e quando todas as outras técnicas falharem;
Ao efetuar a elevação dos membros inferiores não ultrapasse os 45º para não interferir com um possível traumatismo vertebro-medular


Disability Avaliação neurológica
O exame neurológico deve ser feito avaliando:
Nível de consciência
Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Trata-se de uma escala utilizada por equipas médicas. Para o Tripulante de Ambulância recomenda-se a quantificação da resposta da doente de acordo com a nomenclatura A-V-D-I,:

A – ALERTA – Neste caso o doente apresenta-se consciente, no entanto é necessário verificar se está orientado no tempo e no espaço, se o discurso que apresenta é compreensível, etc.., Caso esteja inconsciente passe a fase seguinte

V – Responde a estímulos VERBAIS – O doente encontra-se inconsciente, neste caso chame pela vítima e verifique se esta reage, e se sim, que tipo de reacção obtém ao estímulo verbal, se abre espontaneamente os olhos ou outro tipo de reacção;

D – Responde a estimulação DOLOROSA – Não se obteve qualquer estimulo à voz, neste caso vai-se provocar dor ao doente, verificando se este reage a dor e se sim que tipo de reacção obtemos, se este localiza a dor ou se apresenta um movimento de fuga a dor;

I – Sem resposta (IRRESPONSÍVEL)– O doente não reage a nenhum estímulo, quer verbal quer doloroso, no entanto é necessário verificar se este apresenta algum movimento de flexão ou extensão anormal, ou outro tipo de movimentos que possam surgir.

Estes elementos depois de recolhidos e transmitidos ao médico vai possibilitar que este os enquadro na escala de Glasgow.  ESCALA DE GLASGOW
Reatividade das pupilas
Para além da nomenclatura A-V-D-I, deve avaliar a resposta pupilar à luz, pois é um bom indicador da existência ou não de sofrimento cerebral. Para isso, deve incidir uma luz diretamente sobre cada uma das pupilas.

 Miose   
 Midriase
 Anisocoria    
Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema Nervoso Central.
Exposition Exposição das vestes
   
Procure expor as vestes da vítima em locais mais fáceis para o corte e tomando o cuidado com a hipotemia.
Evite exposição desnecessárias evitando constrangimentos.


Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com.br/abordagemdavitima.htm
  

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